Operário-PR vira sobre o Paysandu na Curuzu e respira na Série B

Operário-PR vira sobre o Paysandu na Curuzu e respira na Série B
ago, 25 2025 Isadora de Souza

Virada na Curuzu e mudança de rota

Virar um jogo em Belém, diante de um estádio lotado e um time desesperado por pontos, não é simples. O Operário-PR fez exatamente isso neste domingo (24), venceu o Paysandu por 2 a 1 na Curuzu e deu um passo importante para estabilizar a campanha na Série B. O resultado encerrou a sequência recente sem vitória dos paranaenses e aumentou a pressão sobre o Papão, que chegou ao sexto jogo seguido sem vencer.

O roteiro teve emoção desde cedo. Aos 27 minutos, Diogo Oliveira apareceu para abrir o placar para o Paysandu. Parecia que o time da casa, empurrado pela torcida, controlaria a tarde. Só que o Operário não desmoronou. Ajustou o posicionamento, ganhou bolas pelo alto e usou a bola parada como atalho para reequilibrar o duelo. Aos 40, Neto Paraíba deixou tudo igual, levando a partida viva para o intervalo.

O início do segundo tempo já veio com o golpe que definiu o resultado. Logo aos 50 minutos, pênalti para o Operário. Gabriel Boschilia assumiu a responsabilidade e converteu, virando o placar. A partir daí, o time paranaense protegeu sua área com linhas compactas e controle de espaço, apostando em transições rápidas para esfriar o ímpeto do Paysandu.

As bolas paradas, apontadas pela comissão técnica como arma para jogos fora de casa, fizeram diferença. Escanteios e faltas laterais geraram perigo e, mais importante, aliviaram a pressão nos momentos em que o Papão tentou acelerar o ritmo. Na defesa, Joseph e Santos seguraram o jogo aéreo, enquanto o meio, com Diogo Mateus, Juan Pablo Zuluaga e Fransérgio, travou a troca de passes do adversário.

O jogo ainda esquentou aos 76 minutos, quando Miranda recebeu cartão vermelho em lance polêmico. A arbitragem revisou a jogada no vídeo e cancelou a expulsão, o que manteve os donos da casa vivos no duelo. Mesmo assim, o Paysandu não conseguiu transformar a posse em chances claras.

Para tentar empatar, o Papão mexeu no time e colocou André, Jefferson e E. Júnior. O plano era ganhar fôlego pelos lados e aumentar o volume de cruzamentos. Houve pressão nos instantes finais e sete minutos de acréscimos, mas o Operário reduziu espaços, controlou o relógio e levou os três pontos para Ponta Grossa.

  • 27' — Diogo Oliveira faz 1 a 0 para o Paysandu.
  • 40' — Neto Paraíba empata: 1 a 1.
  • 50' — Boschilia converte pênalti e vira: 2 a 1 Operário.
  • 76' — Cartão vermelho para Miranda é cancelado após revisão.
  • +7' — Acréscimos não mudam o placar.

O Operário começou com Elias no gol; Joseph e Santos na zaga; um meio-campo combativo com Diogo Mateus, Juan Pablo Zuluaga, Fransérgio e Boschilia; e no ataque, Vinicius Mingotti e Allano dando profundidade. A leitura de jogo foi correta: contenção por dentro, força na bola parada e precisão nas poucas oportunidades criadas.

Tabela, fase e o que muda para os dois

A vitória chega em hora boa para o Operário. Depois de perder para o Goiás por 2 a 1 e empatar sem gols com o Avaí, o time soma 30 pontos e se fixa no meio da tabela, com margem para trabalhar sem o peso imediato do Z-4. Não é ponto corrido de luxo, mas é a base necessária para olhar para cima e pensar em desempenho, não só em sobrevivência.

Do outro lado, o momento do Paysandu preocupa. São seis partidas sem vencer e três derrotas seguidas (Vila Nova, Chapecoense e agora Operário), um recorte que derruba confiança e complica a luta contra o rebaixamento. Com 21 pontos, o clube permanece na zona da queda e terá de reagir rápido para não transformar a reta final em um desespero constante.

O jogo expôs contrastes. O Operário foi pragmático: poucos erros, bola parada eficiente e maturidade para administrar a vantagem. O Paysandu teve volume por momentos, mexeu na equipe e tentou pressionar, mas faltou clareza na última bola. Em campeonatos longos, detalhes assim pesam — principalmente quando o time está com o emocional pressionado.

Para os paranaenses, a vitória também muda a conversa no vestiário. O resultado valida escolhas recentes, como a presença de Fransérgio para dar cadência no meio e a responsabilidade de Boschilia na bola parada. Neto Paraíba, decisivo no gol de empate, oferece opção de infiltração e movimentação que abriu espaços para Allano e Mingotti.

Já o Paysandu sai com questões a resolver: a equipe cria, mas tem dificuldade para transformar pressão em finalizações limpas. A revisão que cancelou o vermelho de Miranda evitou um dano maior, só que não mudou a dificuldade em furar um bloqueio compacto. Com a torcida cobrando e a tabela apertada, o ajuste tem de ser imediato.

Em Belém, a tarde foi do Operário. Uma virada construída com paciência, atenção às bolas paradas e frieza nas decisões. Três pontos que pesam na matemática e, talvez mais importante, na confiança para a sequência da Série B.

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