Teste positivo muda planos na véspera da estreia
Horas antes da estreia de A Fazenda 17, a produção precisou refazer a planilha. Um dos 26 participantes confirmados testou positivo para COVID-19 nos dias que antecederam o lançamento e, por orientação médica, teve a entrada adiada. A Record TV seguiu com a estreia ao vivo na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, às 22h30, levando para a sede rural 25 peões. O 26º integrante se juntou ao grupo depois, assim que liberado pelo protocolo.
O diretor do reality, Rodrigo Carelli, explicou o caso em um post no X (antigo Twitter). Segundo ele, o participante já vinha testando negativo, mas a equipe médica preferiu cumprir a janela de segurança antes de colocá-lo em convívio com os demais. Em TV, esse tipo de decisão evita o risco de uma transmissão em cadeia dentro de um ambiente fechado — o que, além de afetar a saúde do elenco, poderia paralisar gravações e desorganizar a agenda do programa.
Na prática, o competidor ficou isolado, acompanhado pela equipe de saúde, sem contato com os demais e sem participação em dinâmicas até a liberação. Para o jogo, a entrada tardia costuma pesar: quando alguém chega depois, encontra quartos ocupados, grupos esboçados e conversas que já rodaram. Ao mesmo tempo, ganha a chance de observar de fora por algumas horas e entender quem está em evidência, quem é liderança natural e onde há espaço para se encaixar.
A estreia manteve o tom clássico do formato: apresentação do elenco, um primeiro contato com a sede, as regras básicas explicadas e a promessa de provas que misturam resistência, convivência sob pressão e o tempero rural que virou marca da atração. O prêmio é milionário, e a disputa começa na largada, mesmo com a leve mudança logística causada pelo protocolo de saúde.

Regras do jogo, elenco e os infiltrados
Além do ajuste de última hora por causa da COVID-19, a temporada chegou com um truque de bastidores: dois infiltrados, um homem e uma mulher, estão no elenco com a missão de agir em segredo. Cada um acredita ser o único nessa condição. Eles recebem tarefas absurdas e precisam executar movimentos fora do padrão sem levantar suspeita. A graça está em fazer barulho o suficiente para confundir, mas não tanto a ponto de ser apontado pela casa.
A dinâmica tem data para o primeiro teste: na formação de roça da terça-feira, 23 de setembro, os participantes regulares votam em quem acham que são os infiltrados. Se cinco ou mais acertarem os dois nomes, a casa leva R$ 50 mil como bônus coletivo. Se errarem, o prêmio vai para os infiltrados. O número mínimo de acertos força o grupo a conversar, cruzar sinais e sair do improviso, o que costuma acelerar alianças e desafetos logo na primeira semana.
Quem está no jogo nesta 17ª edição:
- Gaby Spanic
- Dudu Camargo
- Nizam Hayek
- Gui Boury
- Fernando Sampaio
- Luiz Otávio Mesquita
- Rayane Figliuzzi
- Toninho Tornado
- Martina Sanzi
- Yoná Sousa
- Tamires Assis
- Will Guimarães
- Creo Kellab
- Matheus Martins
- Duda Wendling
- Maria Carolina Caporusso
- Saodry Cardoso
- Fabiano Moraes
- Gabily
- Kathy Maravilha
- Renata Muller
- Shia Phoenix
- Michelle Barros
- Carol Lekker
- Walério Araújo
- Wallas Arrais
É um elenco amplo, com perfis de carreiras diferentes — figuras conhecidas de novelas, TV, música e internet —, o que aumenta o choque de visões de jogo e de convivência. Nas primeiras semanas, esse caldo costuma ferver com pequenas tarefas e regras simples: quem cozinha, quem limpa, quem decide, quem provoca. A presença dos infiltrados adiciona uma camada extra: qualquer atitude esquisita vira pista, e qualquer pista pode ser armadilha.
Do lado da apresentação, Adriane Galisteu voltou ao comando com a franqueza habitual. Ela chegou a dizer que adoraria ver Alexandre Frota no elenco, pela bagagem em realities e pela leitura rápida de jogo, mas contou que ele recusou o convite, em outra fase da vida. O comentário aponta para uma linha editorial que valoriza figuras experientes, capazes de puxar narrativa, ainda que a aposta do ano seja mesmo a combinação entre veteranos de TV e nomes nativos de redes sociais.
A entrada adiada pelo protocolo não muda a elegibilidade do competidor para provas e votações a partir da liberação. A produção costuma recalibrar escalas para que todos participem das principais dinâmicas da semana. Isso também preserva a isonomia: ninguém ganha vantagem indevida por ter ficado isolado, e ninguém é punido por cumprir orientações médicas.
Sobre saúde e bastidores, 2025 não eliminou os cuidados com COVID-19. Mesmo com ciclos de vacinação e estabilização de casos, sets de TV mantêm triagem, máscaras em áreas técnicas quando necessário e isolamento preventivo diante de qualquer suspeita. Em realities de confinamento, essa cautela é ainda mais crítica: a proximidade física, o compartilhamento de espaços e a rotina intensa em um mesmo ambiente ampliam o risco de surtos. Um único caso sem controle pode derrubar gravações, contratos e o cronograma de dias ao vivo.
Do ponto de vista do jogo, a figura do infiltrado pressiona o grupo a buscar método. Quem observa comportamento, quem anota contradições, quem cria códigos de confiança. Vale mentir? Vale blefar? Vale encenar distração para ver quem morde a isca? Todo esse laboratório social rende conteúdo e engajamento. O bônus em dinheiro, de R$ 50 mil, acelera a colaboração entre rivais e embaralha prioridades na primeira semana, quando normalmente a disputa ainda está difusa.
Para quem entrou depois, a cartilha é curta: andar leve, ouvir mais do que falar e mirar alianças que não estejam fechadas. É comum que o recém-chegado vire alvo por conveniência — é o rosto menos conhecido na dinâmica interna. Reagir com ironia ou com sede de protagonismo logo de cara costuma sair caro. A leitura de jogo, nesse cenário, vale mais que uma frase de efeito no ao vivo.
A agenda segue com edições diárias na Record TV e blocos ao vivo para formações de roça e provas decisivas. Com 26 nomes e uma reviravolta inaugurada com protocolo de saúde, a temporada começa testando não só a resistência em provas, mas a rapidez do elenco em decifrar sinais, lidar com imprevistos e jogar com informação incompleta — uma habilidade essencial quando, por design, há gente ali dentro disfarçada.