Barcelona vira contra o Levante: 3 a 2 fora de casa e 100% na LaLiga 2025-26

Barcelona vira contra o Levante: 3 a 2 fora de casa e 100% na LaLiga 2025-26
set, 20 2025 Isadora de Souza

Virada com cara de temporada grande. Fora de casa, o Barcelona buscou um 3 a 2 improvável sobre o Levante, depois de um 1º tempo que parecia sentenciar o jogo: 2 a 0 para os anfitriões, pressão, pênalti com VAR e um ambiente hostil. No 2º tempo, o elenco catalão trocou a chave, ajustou a estratégia, apertou a marcação e virou com gols de Pedri e Ferran Torres, além de um gol contra de Unai Elgezabel aos 90+1, em cruzamento venenoso de Lamine Yamal. O resultado mantém o time com 100% de aproveitamento na LaLiga 2025-26 (6 pontos em 2 partidas) e deixa o Levante sem pontuar.

Como foi a virada

O Levante começou com plano claro: bloco médio-alto, transição rápida pelos lados e pressão nas saídas curtas. Funcionou cedo. Aos 15 minutos, Iván Romero abriu o placar finalizando uma arrancada bem construída, com Jeremy Toljan dando o passe chave que quebrou a linha defensiva. O gol mexeu com o ritmo do jogo e forçou o Barcelona a acelerar passes sob risco.

O time da casa seguiu competitivo, desgastando o meio-campo adversário a cada disputa. No lance mais tenso do 1º tempo, o árbitro foi ao monitor e, após revisão do VAR, marcou pênalti por toque de mão de Alejandro Balde. José Luis Morales converteu com frieza aos 45+7. Intervalo: 2 a 0 para o Levante, clima de decisão no vestiário visitante.

Vieram as mudanças. A comissão técnica tirou Marcus Rashford e colocou Dani Olmo, dando mais controle entrelinhas. Saiu Marc Casadó, entrou Gavi para elevar a agressividade na pressão pós-perda e encurtar o campo. O desenho mudou: circulação mais rápida, amplitude mais nítida pelos flancos e aproximações constantes de meio-campistas na área.

A resposta foi imediata. Aos 49, Pedri apareceu como elemento surpresa, dominou na meia-lua e bateu firme para descontar. O gol reposicionou emocionalmente o jogo. Três minutos depois, aos 52, Ferran Torres empatou ao atacar o espaço nas costas da defesa, completando um cruzamento da direita. Em cinco minutos, o roteiro virou do desespero à crença.

O Levante sentiu. A equipe, que até então sustentava duelos e segunda bola, começou a recuar metros. O Barcelona, com Frenkie de Jong regendo a saída e Raphinha abrindo o corredor, empilhou chegadas. Robert Lewandowski atraiu zagueiros e liberou o fundo para infiltrações de Pedri e Ferran, enquanto os laterais empurravam a última linha rival.

Quando tudo apontava para o 2 a 2, Lamine Yamal decidiu. Aos 90+1, o jovem levou para o pé bom e levantou uma bola perversa na área. O goleiro hesitou, a zaga também, e Unai Elgezabel acabou desviando contra a própria meta. Silêncio no estádio, explosão no banco catalão. Virada completa.

  • 15' — Iván Romero (LEV) abre o placar após transição acionada por Jeremy Toljan.
  • 45+7' — José Luis Morales (LEV) converte pênalti confirmado pelo VAR por mão de Balde: 2 a 0.
  • Intervalo — Barcelona troca: Dani Olmo por Marcus Rashford; Gavi por Marc Casadó.
  • 49' — Pedri (BAR) finaliza de média distância e diminui.
  • 52' — Ferran Torres (BAR) ataca o espaço e empata: 2 a 2.
  • 90+1' — Gol contra de Unai Elgezabel após cruzamento de Lamine Yamal sela o 3 a 2.

Além dos goleadores, nomes como Jules Koundé e Ronald Araújo cresceram no 2º tempo, vencendo duelos pelo alto e antecipando bolas que no 1º tempo geravam perigo. A consistência defensiva pós-intervalo sustentou a pressão ofensiva, evitando contra-ataques que poderiam ter matado o jogo.

O que o resultado diz sobre os dois times

O que o resultado diz sobre os dois times

Para o Barcelona, os três pontos valem mais do que a tabela. A virada fora de casa, com ajustes táticos e protagonismo de jovens, reforça a ideia de elenco versátil e resiliente. Lamine Yamal, ainda muito novo, entrou nos minutos finais para decidir com uma jogada que exige leitura e coragem. Gavi elevou o termômetro competitivo no meio, encurtou linhas e deu a intensidade que o 2º tempo pedia. Pedri voltou a ser o cérebro e o punho: pensa o jogo e finaliza quando o espaço aparece.

A disputa por posições no ataque fica ainda mais acirrada. Ferran Torres segue entregando presença de área e leitura de espaços. Dani Olmo oferece condução, passe e controle do ritmo entre zaga e meio adversários, algo que faltou no 1º tempo. Raphinha abriu caminho pela direita e manteve a defesa do Levante honesta, sem poder comprimir por dentro o tempo todo. Lewandowski, mesmo sem marcar, foi importante no pivô e na fixação de zagueiros.

No campo emocional, a reação após o 2 a 0 carrega peso. Viradas assim constroem narrativa de time que joga até o fim, algo que conta em maratonas longas. Também manda recado ao vestiário: minutos finais são território de decisão, e a concentração precisa ser máxima. O gol aos 90+1 não caiu do céu — foi consequência de volume, pressão e uma execução técnica bem feita no cruzamento.

Do lado do Levante, a frustração é evidente, mas o 1º tempo mostra um caminho. A equipe foi compacta, vertical e agressiva nos duelos. Jeremy Toljan foi uma válvula confiável pelo lado, Romero foi agudo na definição, e Morales segurou a bronca nas bolas paradas e na cobrança do pênalti. Roger Brugué e Oriol Rey (na sustentação do meio) ajudaram a fechar linhas e proteger a área quando precisou.

O problema veio depois do intervalo: queda física, linhas mais baixas e dificuldade para sair jogando quando pressionado. Sem campo para correr, o time precisou defender próximo da própria área por longos períodos. A hesitação no lance do 3º gol resume a fase: decisões divididas entre goleiro e zaga custam caro em primeira divisão. Ainda assim, a atuação inicial prova que há competitividade. Pontuar exige manter a intensidade por 90 minutos, algo que o grupo precisará ajustar já para a próxima rodada.

Vale um parêntese para o uso do VAR. A checagem longa no fim do 1º tempo aumentou a tensão do jogo, e o pênalti convertido por Morales parecia mudar a história. A gestão emocional após decisões de vídeo segue sendo um fator. O Barcelona não desorganizou a cabeça, voltou focado e impôs sequência de boas ações. O Levante, por sua vez, não conseguiu segurar o ímpeto rival quando a maré virou.

Em termos de modelo de jogo, a virada nasce de três pontos: ajustes posicionais (meias atacando o espaço entre zaga e lateral), pressão coordenada para recuperar a bola no terço final e coragem para insistir em amplitude e cruzamentos quando o corredor central estava fechado. A jogada derradeira, com Yamal, é o retrato disso: amplitude, tempo de bola e zona de conflito na pequena área.

Classificação? Ainda no começo, mas a mensagem é clara. O Barcelona abre campanha com 6 pontos em 2 jogos, mantém invencibilidade e constrói moral. O Levante, com duas derrotas, precisa transformar boas fases de jogo em pontos, especialmente em casa. O calendário aperta, e consistência vira palavra-chave cedo demais na temporada.

No fim, ficou a sensação de que o elenco catalão encontrou respostas dentro do próprio banco. Ter peças para mudar a cara da partida — Olmo, Gavi, e o talento fresco de Lamine Yamal — é um luxo que explica resultados assim. E, para o torcedor, fica o recado: quando o relógio entra nos acréscimos, esse time não baixa a guarda.

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