Coco Gauff vence Sabalenka e quebra 10‑anos de seca americana em Roland‑Garros 2025

Coco Gauff vence Sabalenka e quebra 10‑anos de seca americana em Roland‑Garros 2025
out, 9 2025 Isadora de Souza

Quando Coco Gauff, tenista americana, derrotou Aryna Sabalenka por 6‑7(5), 6‑2, 6‑4 na final feminina, o mundo do Roland‑Garros ganhou um capítulo inesperado.

A partida, disputada às 22h30 (UTC) de 7 de junho de 2025, tomou 3 horas e 3 minutos no Stade Roland‑Garros, localizado na Route d'Auteuil, 75016 Paris. Gauff, então com 21 anos e rankeada nº 2, conquistou seu segundo Grand Slam e se tornou a primeira americana a levantar o troféu em Paris desde a era Serena Williams, em 2015.

Contexto histórico e a busca por um título francês

O torneio de 2025 marcou o décimo aniversário da última vitória de Serena Williams em Roland‑Garros. Desde então, nenhuma tenista dos EUA chegou à final, apesar de boas campanhas de Sloane Stephens e Madison Keys.

Para Gauff, a história tem um tom ainda mais pessoal: em 2022, ela perdeu a final contra Iga Świątek, muito antes de seu grande momento. "Eu quase me escrevi fora da partida antes mesmo de a primeira bola ser batida", disse em entrevista pós‑vitória, lembrando que aquela derrota foi a faísca que a fez mudar de rota.

Detalhes da final e desempenho dos jogadores

O início foi tenso. Sabalenka abriu o primeiro set, vencendo por 7‑6(5) após um longo rally que chegou a 20 golpes. No segundo set, Gauff mudou a estratégia, aproveitando a profundidade dos seus forehands e diminuindo o número de erros não forçados.

  • Sabalenka marcou 37 vencedores, mas cometeu 70 erros não forçados – o maior número em uma final feminina desde 2013.
  • Gauff restringiu seus erros a 30, mostrando a "defensive resilience" elogiada pelo técnico Jean‑Philippe Fleurian.
  • O terceiro set foi decidido nos momentos críticos, com Gauff quebrando o saque de Sabalenka duas vezes antes do "championship point".

Fleurian explicou que a diferença crucial foi a capacidade de Gauff de transformar blocos defensivos em oportunidades de ataque, algo que ele já havia observado em 2023, quando Gauff venceu o US Open contra a mesma adversária.

Reações e declarações após a partida

Na coletiva de imprensa, Sabalenka afirmou: "Eu perdi para mim mesma hoje, não para a Coco", gerando críticas imediatas de analistas que viram a fala como falta de esporte.

Dez dias depois, em entrevista à Eurosport Germany, a bielorrussa pediu desculpas: "Foi completamente anti‑profissional. Deixei as emoções falarem, lamento profundamente". Ela ainda revelou ter escrito uma carta a Gauff pedindo perdão.

Gauff, ao ser questionada sobre o incidente, respondeu com maturidade: "Vou dar o benefício da dúvida à Aryna. Todos temos dias difíceis". O comentário foi destacado pela analista da ESPN Mary Carillo, que descreveu a postura de Gauff como "notável para uma atleta de 21 anos".

Impacto no tênis americano e futuro de Gauff

Impacto no tênis americano e futuro de Gauff

O título eleva os ganhos de carreira de Gauff para US$ 14,75 milhões, incluindo o prêmio de US$ 2,4 milhões da vitória em Roland‑Garros. Mais importante, a conquista reacende a esperança nos EUA de um renascimento feminino no saibro.

O presidente da Fédération Française de Tennis (FFT), Gilles Moretton, entregou a taça Suzanne‑Lenglen a Gauff, reforçando a simbologia de renovação que o torneio representa.

Com Wimbledon programado para iniciar em 30 de junho, a expectativa agora gira em torno de como Gauff vai adaptar seu game ao gramado, enquanto Sabalenka busca se reerguer e melhorar seu controle emocional nas próximas semanas.

Próximos passos e desdobramentos no circuito

O calendário pós‑Roland‑Garros inclui o tradicional torneio de grass em Halle, na Alemanha, e o próprio Wimbledon. Analistas apontam que a confiança recém‑ganhada pode ser decisiva nas próximas partidas.

Entretanto, a controvérsia envolvendo Sabalenka pode ter repercussões nas relações de jogadores com a mídia e nas políticas de conduta da WTA. O braço disciplinar da federação já está avaliando se a fala da bielorrussa exige sanções formais.

Enquanto isso, a FFT promete melhorar a experiência dos fãs, investindo em tecnologia de replay e expandindo a transmissão global, algo que já se refletiu no número de visualizações do replay publicado no YouTube em 1 de julho de 2025.

Fatos‑chave da final

Fatos‑chave da final

  • Data: 7 de junho 2025, 22h30 (UTC)
  • Local: Stade Roland‑Garros, Paris
  • Resultado: Gauff 6‑7(5), 6‑2, 6‑4
  • Prêmio para a campeã: US$ 2,4 milhões
  • Erros não forçados: Sabalenka 70 × Gauff 30

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Gauff afeta o futuro do tênis feminino nos Estados Unidos?

A conquista quebra uma década de seca em Roland‑Garros e devolve visibilidade ao circuito feminino americano. Patrocinadores tendem a apostar mais em jovens promissoras, e academias nos EUA já relatam aumento nas inscrições após o título.

Quais foram os principais fatores técnicos que levaram Gauff a vencer?

A redução dos erros não forçados, a capacidade de transformar bolas defensivas em oportunidades de ataque e o serviço consistente nas duas últimas sets foram decisivos. O técnico Jean‑Philippe Fleurian destacou ainda a melhora na movimentação lateral.

O que motivou o pedido de desculpas de Aryna Sabalenka?

Após críticas da imprensa e de colegas, Sabalenka reconheceu que suas palavras foram percebidas como falta de respeito. Em entrevista à Eurosport Germany, ela explicou que o comentário foi impulsivo e que escreveu à Gauff para reconhecer seu mérito.

Quando começa o próximo Grand Slam e como isso pode influenciar Gauff?

Wimbledon abre em 30 de junho de 2025. A confiança conquistada em Paris sugere que Gauff entrará em gramado com um psicológico fortalecido, embora precise adaptar o jogo ao ritmo mais rápido da superfície.

Qual foi a importância simbólica da taça Suzanne‑Lenglen para Gauff?

A taça homenageia a lendária francesa que dominou o torneio na década de 1920. Recebê‑la destaca a passagem de bastão entre gerações e reforça a ideia de que Gauff está se inserindo em uma linhagem histórica de campeãs.

1 Comments

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    Williane Mendes

    outubro 9, 2025 AT 01:30

    Ao contemplar a trajetória de Gauff, percebemos um verdadeiro paradigma de resiliência atlética, onde a sinergia entre técnica refinada e inteligência tática se manifestou de forma emblemática. O ajuste de suas linhas de baseline, aliado ao domínio da profundidade do forehand, configurou um zeitgeist de inovação no saibro. Essa performance, portanto, transcende a mera conquista de um Grand Slam, constituindo um case study para analistas de desempenho. Parabéns à atleta por elevar o patamar do tênis feminino norte‑americano a níveis quase míticos.

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