Atlético de Madrid atropelado pelo PSG na estreia do Mundial de Clubes
A estreia do Atlético de Madrid no novo formato do Mundial de Clubes da FIFA virou assunto, mas pelas razões que nenhum torcedor colchonero gostaria. Um placar elástico de 4 a 0 para o PSG colocou fogo na coletiva de Diego Simeone, que saiu claramente insatisfeito não apenas com o desempenho do time, mas principalmente com decisões da arbitragem, comandada pelo romeno Istvan Kovacs.
Dois lances específicos tiraram Simeone do sério. O primeiro aconteceu logo no início do segundo tempo: com a entrada do capitão Koke, o time conseguiu reagir e até balançou as redes. Mas o gol — que poderia recolocar o Atlético na partida — foi anulado pelo árbitro. Segundo Simeone, era o tipo de detalhe que vira a maré de um jogo grande. "A entrada do Koke nos deu opções na saída de bola. Fizemos o 2 a 1, mas o árbitro não validou, e as coisas se complicaram", desabafou o treinador argentino.

Expulsão, frustração e reconhecimento à qualidade do PSG
O segundo momento controverso foi a expulsão do zagueiro Lenglet ainda aos 32 minutos do primeiro tempo. Jogar com um a menos contra um PSG lotado de estrelas acaba com qualquer estratégia. Simeone admitiu que o time perdeu completamente o controle depois da exclusão do defensor e, a partir daí, tudo ficou fácil para os franceses. "A expulsão gerou desordem, a partir daí eles comandaram o jogo inteiro", comentou.
Ainda assim, Simeone evitou arrumar desculpas. Enquanto Luis Enrique, técnico do PSG, fez críticas ao calor intenso de Los Angeles, o comandante do Atlético destacou que o problema foi propriamente em campo: "Eles fizeram um jogo muito bom e nós poderíamos ter respondido melhor. Não fizemos".
O resultado pesado deixou a equipe espanhola em situação complicada no Grupo B do Mundial de Clubes. Com a goleada sofrida e saldo negativo, a missão é vencer o Seattle Sounders no dia 19 de junho — com folga, se possível. O próprio Simeone reconheceu que, além dos pontos, agora o saldo de gols pode ser determinante para a classificação à próxima fase.
No vestiário, o clima era de frustração e até de cobrança interna. Para uma equipe acostumada a batalhas acirradas no futebol europeu, a estreia em solo americano virou alerta: não basta camisa pesada, cada detalhe pode decidir o destino de um grupo.