Lakers assinam DeAndre Ayton em contrato de dois anos para reforçar zona pintada e lutar pelo título

A Los Angeles Lakers fecharam um dos movimentos mais estratégicos do verão da NBA em 3 de julho de 2025: a contratação do centro DeAndre Ayton, ex-número 1 do draft de 2018, em um contrato de dois anos com opção do jogador para a segunda temporada. O acordo, que vale cerca de US$ 16,6 milhões no total, é um golpe de mestre para uma equipe que já sonhava em voltar ao topo da liga — e agora tem os peças exatas para isso. O que pareceu um simples reforço de posição virou um sinal de guerra: os Lakers não querem apenas entrar nos playoffs. Eles querem levantar o troféu.

Por que Ayton escolheu Los Angeles — e não mais dinheiro

Ayton, de 26 anos, era um dos centros mais cobiçados do mercado livre. Ofertas mais altas vieram de Golden State Warriors e Indiana Pacers. Mas ele recusou. Por quê? Porque, em suas próprias palavras: "Esqueçam sobre mim — eu estou aqui para ganhar." O que o motivou não foi o salário, mas a oportunidade. Ele queria jogar ao lado de LeBron James e Luka Dončić. Sim, o mesmo Luka que ele conhece desde o draft, o mesmo Luka cujo agente, Bill Duffy, também representa Ayton. Fontes próximas aos Lakers afirmam que foi Dončić quem ligou, pessoalmente, e disse: "Vem pra cá. Nós vamos conquistar isso juntos." A decisão foi quase emocional. Ayton já viu o que é chegar à final — foi vice-campeão com os Phoenix Suns em 2021. Mas agora, com LeBron no comando e Luka criando, ele vê um caminho mais claro. "Nunca vi uma torcida como essa. Nunca joguei com dois dos melhores passadores da história. É o lugar certo," disse ele aos jornalistas.

Como o acordo financeiro funcionou — e por que os Blazers ajudaram

O detalhe mais surpreendente? O Portland Trail Blazers pagaram a maior parte do salário. Ayton tinha um contrato garantido de US$ 35,6 milhões para a temporada 2025-26, mas aceitou cortar cerca de US$ 10 milhões para sair. Os Lakers só precisaram desembolsar US$ 8,1 milhões — usando a exceção de salário de nível médio não tributável. O resto, US$ 26,9 milhões, foi pago pelos Blazers. Um acordo raro, quase generoso — e que mostra o quanto Portland queria se livrar do peso do contrato e permitir que Ayton seguisse seu sonho. No total, Ayton assinou por US$ 16,6 milhões em dois anos. O segundo ano é opcional — e isso é inteligente. Se ele se machucar, ou se a equipe não funcionar, ele pode sair. Mas se tudo der certo? Ele se torna o centro que faltava para a máquina de Los Angeles.

Quem é DeAndre Ayton — e por que ele é tão valioso

Não é só o nome. É o histórico. Ayton já jogou 398 partidas na NBA, com médias de 16,4 pontos e 10,5 rebotes por jogo, com um impressionante 59% de aproveitamento nos arremessos. Mas o que realmente o diferencia? Ele é o único jogador da história da NBA a média mais de 15 pontos por jogo com 60% de eficiência nos playoffs. Sim, isso mesmo. Nos playoffs, ele é um monstro. E não é só isso: ele liderou a liga em pontos gerados por telões nos anos de 2021-22 e 2022-23. É o centro que faz o jogo funcionar, não só o que finaliza. Ele é um dos quatro jogadores da liga a registrar duplo-duplo em cada uma das últimas sete temporadas — ao lado de Giannis, Rudy Gobert e Nikola Vučević. Isso não é sorte. É consistência. E isso é exatamente o que os Lakers precisavam. Na temporada passada, o time contou com Jaxson Hayes como titular. Mas Hayes não tem a mesma capacidade ofensiva, nem a experiência em jogos decisivos. Os Lakers terminaram 50-32, em terceiro no Oeste, mas foram eliminados na primeira rodada pelos Minnesota Timberwolves. A dor foi real. Agora, com Ayton, eles têm um centro que pode dominar a pintura, abrir espaço para LeBron e Luka, e ainda ser um muro defensivo.

O que mudou na estratégia dos Lakers

Ayton não é o único reforço. O time também trouxe o veterano armador Marcus Smart, conhecido por sua defesa agressiva e liderança. Mas o que realmente transforma o time é a química. LeBron, agora com 40 anos, ainda tem a visão de jogo de um gênio. Luka, que chega em 2025-26 após sua troca do Dallas Mavericks, é o criador mais talentoso da geração. E Ayton? Ele é o ponto de ancoragem. O que antes era um ataque caótico, agora tem um centro que sabe onde estar, quando se mover e como finalizar. Agora, os Lakers têm um time que pode jogar em ritmos diferentes: lento e físico, ou rápido e letal. E tudo isso com um elenco que já jogou em finais, em playoffs intensos, em ambientes de pressão. Não é só talento. É experiência.

Qual o próximo passo?

O calendário aperta. A temporada começa em outubro. A expectativa é de que Ayton entre em forma rapidamente — ele já treina com o time em Los Angeles. O treinador Darvin Ham já disse que quer usar Ayton em sequências de 25 minutos por jogo, com pausas estratégicas para preservar sua energia. A ideia é que ele domine os primeiros e últimos minutos de cada quarto. A grande pergunta: será que eles conseguem vencer os Denver Nuggets? Ou os Oklahoma City Thunder? Talvez. Mas agora, os Lakers não são mais apenas um time com estrelas. São um time com propósito. E Ayton, o ex-número 1, escolheu o lugar onde o título pode ser conquistado.